domingo, 24 de janeiro de 2010

D70: " Uma ostra é sempre uma ostra"


Mãe, me lembro do dia que pqguei um papel seu com esse texto ... alguém escreveu para você há anos atrás ... eu nunca entendi muito bem o porque, mas gostei tanto dele que guardei para mim ...


"... E descubro com um sorriso antigo, que há um quê de ostras em cada um de nós. Cansados, irritados, eternamente correndo atrás do relógio. Ainda assim, conseguimos criar e paradoxalmente , nos piores momentos, naqueles instantes de pressão absoluta , é que assim, do nada , surguem as idéias, a emoção mais verdadeira, a respiração perfeita - como as ostras que necessitam daquela pérola, lá vamos nós vida afora, empurrando o barco da existência, cansando o corpo, remechendo a placidez de espírito, a fim de encontros inusitados com esses desconhecidos que nos olha do espelho "

Livro: Um coração urbano

Miguel Falabella

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